A historia da Bahia tem um registro histórico relacionado com a mudança na forma de enterrar seus mortos, já que até o século XIX a população era enterrada nas igrejas existentes e com todos os rituais católicos: encomenda de corpo, missa de sétimo dia, mês e ano, cânticos, além de taxas que eram cobradas com o sepultamento.
Com o aumento da população baiana e os inconvenientes de manter mortos próximos aos vivos ocorreu uma insurreição popular chamada Cemiterada, a Igreja Católica se posiciona contra autorização dada pelo governador-mor para construção do primeiro cemitério particular da Bahia chamado Campo Santo.
Nossa população era constituída de mais de 85% por negros, mulatos, ex-escravos, sendo os demais formados por comerciantes e estrangeiros que acreditavam que tendo uma morte digna, enterro nas igrejas, estariam mais próximos de alcançar o reino de Deus. Um dia antes da inauguração do novo cemitério, a Igreja - através de seus representantes, convocaram a população para uma manifestação pública na praça do Palácio com toda pompa e grandiosidade das procissões católicas, a população insuflada marchou rumo ao Campo Santo e lá colocam o cemitério a baixo.
Muitas coisas mudaram na Bahia desde a época da Cemiterada pra cá, comprovamos em fotos feitas no cemitério da Quintas dos Lázaros.
A movimentação começou cedo |
Como em anos anteriores alguns moradores aproveitaram o dia de finados para ganhar uns trocados extras. |
A família do saudoso Vadinho coqueiro manteve a barraca de flores. |
Juliana Silva,15 anos, fez limpeza em sepulturas e aumentou a renda da familia |
O mausoléu que homenageia Cosme de Farias está ótimo estado de conservação. |
O mausoléu do fundador da rede de farmácia Santana, José Santana,
é um dos grandes destaques artísticos visitado.
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Para algumas pessoas o dia de finados resumi-se na oportunidade de sentar e beber em mesas de bar. |