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domingo, 30 de novembro de 2014

O dia de finados foi festejado em Quintas e na Rua das Almas.

A historia da Bahia tem um registro histórico relacionado com a mudança na forma de enterrar seus mortos, já que até o século XIX a população era enterrada nas igrejas existentes e com todos os rituais católicos: encomenda de corpo, missa de sétimo dia, mês e ano, cânticos, além de taxas que eram cobradas com o sepultamento.
Com o aumento da população baiana e os inconvenientes de manter mortos próximos aos vivos ocorreu uma insurreição popular chamada Cemiterada, a Igreja Católica se posiciona contra autorização dada pelo governador-mor para construção do primeiro cemitério particular da Bahia chamado Campo Santo.

Nossa população era constituída de mais de 85% por negros, mulatos, ex-escravos, sendo os demais formados por comerciantes e estrangeiros que acreditavam que tendo uma morte digna, enterro nas igrejas, estariam mais próximos de alcançar o reino de Deus. Um dia antes da inauguração do novo cemitério, a Igreja - através de seus representantes, convocaram a população para uma manifestação pública na praça do Palácio com toda pompa e grandiosidade das procissões católicas, a população insuflada marchou rumo ao Campo Santo  e lá colocam o cemitério a baixo.

Muitas coisas mudaram na Bahia desde a época da Cemiterada pra cá, comprovamos em fotos feitas no cemitério da Quintas dos Lázaros.

A movimentação começou cedo

Como em anos anteriores alguns moradores aproveitaram
o dia de finados para ganhar  uns trocados extras. 

A família do saudoso Vadinho coqueiro manteve
a barraca de flores.  

Juliana Silva,15 anos, fez limpeza em sepulturas
 e aumentou a renda da familia
O mausoléu que homenageia Cosme de Farias 
está  ótimo estado de conservação.

O mausoléu do fundador da rede de farmácia Santana, José Santana,
 é um dos grandes destaques artísticos visitado.

Para algumas pessoas o dia de finados resumi-se na
 oportunidade de sentar e beber em mesas de bar.