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sábado, 30 de junho de 2012

ATUALMENTE NA RUA 24 DE JUNHO AS FOGUEIRAS SÃO APENAS VAGA - LUMES NA GAROA TRISTE DA NOITE DE SÃO JOÃO.

Cena 1.
Lenhas selecionadas.

Cena 2.
Morador armando fogueira na Ladeira de S. João.

Cena 3.
Morador acendendo a fogueira.

Cena 4.
A fogueira ardendo na noite fria.
Observamos nas fotos da antiga Rua 24 de Junho - Ladeira de S.João, e comprovamos que nem de longe as cenas nos lembram os dias de glória, nos quais os moradores se reuniam para festejar o S.João com muitas,comidas típicas, balões, fogos e fogueiras.É claro que os moradores mais devotos de S. João já se foram: seu Caboco(pai de d. Nalinha), D. Nissú, Muquim, Wilton(Totó),entre outros.Desta forma quem é que vai organizar os novos moradores para os festejos,se eles são calouros e nunca  sentiram a punjança da festa, ainda mais que a rua sofreu algumas transformações:foi asfaltada e virou um grande estacionamento a céu aberto.

A simbologia das quatros cenas diz mais, o nosso vizinho na maior parte do tempo está só, sem ninguém para ajudá-lo, mas ele trabalha com fé mesmo com a chuva e o frio para cumprir sua promessa, talvez bicando o licor de jenipapo. Essa divagação me fez lembrar do meu avô Paulo, ele era devoto do santo e mesmo asmático (cansando) preparava a fogueira com três meses de antecedência, podando as galhas das árvores do quintal para usar na fogueira. Eu e o meu pai acompanhavamos em todos os momentos, desde a seleção da lenha, deslocamento das toras, até a hora de tocar fogo.

Depois que a fogueira estava pronta eu ia comprar gás e sempre procurava em várias ruas do bairro sem encontrar,quando retornar para casa encontrava o velho Paulo tossindo feito um condenado por causa da fumaça dos fogos, das fogueiras que eram acesas quase ao mesmo tempo, mas ele não se afastava antes de vê a fogueira pegar. 

As fotos mostram o vizinho só e que: nem o seu filho o acompanha, mesmo no caso de se tratar de uma criança ao menos poderia observar o pai trabalhando num dia de folga,a esposa deve ter outra tarefa para fazer.

O certo é que foram apenas três fogueiras contadas na rua que tem o nome de São João e que já ostentou o título da rua mais animada do bairro.Duas horas depois das fogueiras serem acesas, as lenhas já haviam virado cinzas e nenhum morador veio aproveitar para assar milhos ou pular fogueiras, como fazíamos quando éramos adolescentes para tentar nos aproximar daquela garota que nos interessava ou dos parentes que tínhamos admiração.

Meu avô antes de morrer me pediu que eu continuasse a tradição de acender fogueira na noite de São João, tentei alguns anos, mas fui vencido pela perda das tradições que contamina a todos nós e também pelas diferenças religiosas que creceram na Bahia. Afinal, dá trabalho educar, manter tradições, conservar memórias, acreditar em mitos de santos que viveram nos séculos passados,ainda mais que as referências politicais, intelectuais,sociais contemporâneas não ajudam. 

O RETORNO DO BALÃO BARÃO AS PRINCIPAIS RUAS DO BAIRRO APÓS 19 ANOS, ALEGROU OS MORADORES POR ONDE O BLOCO PASSOU. 
Concentração do Balão Barão na Rua 7 de Janeiro.

A organização do evento junino realizado pelo bloco Balão Barão no dia de S. João com, trio nordestino, comidas típicas, carro de apoio e paradas em pontos estratégicos, lembrou os bons tempos do carnaval da Cidade Nova, onde o bloco os Chuks desfilava pelas ruas do bairro antes de seguir para o circuito da folia.Será que foi uma prévia para o carnaval 2013?
Os amigos Carlinhos e o professor Paraná esbanjaram animação.



O trio nordestino teve apoio de um carro de som.
O forró foi animado e percorreu as ruas do Ipiranga,Ladeira de S.João e 7 de Janeiro, as músicas tocadas foram variadas misturando antigos sucessos de Gonzagão e os atuais sucessos de Michel Teló.
Nem, foi para a galera!
Não faltou o apoio das belas garotas nos pontos de paradas, principalmente na concentração da Ladeira do Ipiranga.
China Pau, morador das Rua das Almas, fez da irreverência a forma diferenciada para mostrar o seu samba junino.
 
 
Os moradores da Cidade Nova acompanharam o Arrastão do China Pau pelas ruas do Ipiranga,Primeiro de Janeiro, Sete de Janeiro, 25 de Dezembro e Rua das Almas com muita animação.


Fotos:
Trio nordestino segue pela 7 de janeiro.

Carlito, morador da 7 de janeiro seguiu o Trio.

Careca e a sua companheira.

Concentração na Ladeira de São João.


2 comentários:

  1. E o Forró do Bacalhau? Não existe mais?
    Fico a pensar no futuro.... O que restará aos nossos jovens, sem a preservação da cultura.
    Parabéns, não desista, insista para que todos participem deste espaço.
    Parabéns!

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  2. Fátima, O Forró do Bacalhau assim como várias outras entidades culturais do nosso bairro não existem mais por razões óbvias, seus líderes morreram,os filhos não se interessam,falta de apoio e dificuldade da vida. A segunda pergunta que você faz sobre o engajamento dos jovens na vida cultural do bairro requer uma grande articulação entre nos, as personalidades e entidades culturais existentes no bairro( constitui-se uma de nossas metas).O nosso segundo objetivo para este ano é conseguir ampliarmos o número de seguidores em cada rua do bairro e assim atrair jovens e idosos para aquecer a nossa atual produção cultural, enquanto isto não ocorre continuamos lutando. Continue nos apoiando!

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